Pela primeira vez desde a nova formatação da Câmara de Vereadores, após a janela partidária, onde a base do prefeito Zé Carlos do Pátio (PSB) perdeu representação e passou a ter minoria no parlamento, o Executivo conseguiu aprovar um projeto com 14 votos para a contratação temporária de servidores.
No entanto, os demais projetos que precisavam de 14 votos foram retirados da pauta pelo vereador líder do prefeito, Reginaldo dos Santos, demonstrando que, apesar da aprovação, ainda não há um consenso fechado quando é necessária maioria qualificada.
Foi aprovada a contratação temporária de 27 servidores para o Programa de Fortalecimento Emergencial do Atendimento do Cadastro Único no Sistema Único da Assistência Social (PROCAD – SUAS). Os novos servidores, que devem ser contratados por meio de um processo seletivo, incluem 18 assistentes sociais e nove motoristas, que receberão salários de R$ 2.298,70 e R$ 2.200,00, respectivamente, para uma carga horária de 40 horas semanais.
A proposta era considerada polêmica e havia o risco de não ser aprovada, pois a base de Pátio contava com 11 dos 14 votos certos. O líder do prefeito na Casa de Leis, vereador Reginaldo Santos (PSB), argumentou que a contratação desses servidores tem como objetivo ampliar o trabalho de cadastramento de famílias de baixa renda do município para serem atendidas pelos programas assistenciais e de inclusão social.
No entanto, o vereador Carlos Guinancio, o Subtenente Guinancio, alertou que a proposta aprovada apresentava irregularidades de ordem legal, pois não poderia contratar motoristas, uma vez que já existe um processo seletivo para esse tipo de profissional, o que poderia ser questionado pelo Tribunal de Contas do Estado.
O projeto contou com 15 votos favoráveis e apenas o voto de Guinancio contra. Os vereadores Paulo Schuh (PL), Doutor José Felipe (PL), Marisvaldo Gonçalves (UB), Kalynka Meirelles (PL) e Investigador Gerson (MDB) não votaram a matéria.