Prefeito eleito de Rondonópolis, o deputado Cláudio Ferreira (PL) se despediu ontem (18) da Assembleia Legislativa, após formalizar, conforme havia antecipado o A TRIBUNA, a sua renúncia ao cargo conquistado na eleição de 2022, com 26.234 votos.
A renúncia do mandato de deputado estadual, que passa a valer no próximo dia 31 de dezembro, é necessária para que Ferreira possa assumir o comando do Palácio da Cidadania em 1º de janeiro de 2025.
No seu discurso de despedida, Cláudio Ferreira enfatizou a experiência adquirida na Assembleia Legislativa, destacando-a como fundamental para sua futura gestão à frente da prefeitura, onde apontou a saúde e o trânsito como prioridades no primeiro momento.
“Ter estado aqui [AL] foi uma experiência de aprendizado”, atestou o Paisagista, acrescentando que sai com o sentimento do dever cumprido.
“Foram um ano e 11 meses de muito empenho, na defesa da liberdade econômica, do direito natural e na busca por mais oportunidades para os mais humildes”, avaliou, nominando a aprovação da CNH-Social como um legado de sua atuação na AL.
“Resultado do nosso trabalho (CNH-Social), que está salvando vidas e também mudando a vida de milhares de pessoas que não tinham carteira de motorista e agora pode obtê-la gratuitamente”, apontou o futuro prefeito de Rondonópolis.
Cláudio Ferreira também mencionou no seu discurso de despedida da AL problemas enfrentados pela cidade na área da saúde que, segundo ele, está abandonada e pediu apoio do governo do Estado para superar a atual situação. “Humildemente, peço socorro”.
Ferreira citou que a única Unidade de Pronto Atendimento da cidade, que tem quase 260 mil habitantes, encontra-se com uma estrutura defasada.
“Opera (UPA) num prédio obsoleto. O tempo de espera desanima quem procura atendimento urgente. O PA Infantil não tem licença para funcionar por conta da estrutura precária. Faltam leitos, remédios e insumos básicos, enquanto emendas parlamentares, irresponsavelmente, são rejeitadas”, criticou o Paisagista.
Destacou ainda que o trânsito da cidade hoje é uma carnificina. “Mata mais que o crime organizado”, externou, sem poupar o atual prefeito Zé Carlos do Pátio que, na sua avaliação, tinha a responsabilidade de tomar as medidas para reverter a realidade atual.
“A omissão do prefeito em ordenar o trânsito ocasionou a morte de centenas de inocentes”, disparou o Paisagista. “Infelizmente, a prioridade é deixada de lado e o que é feito não tem prioridade para ser concluído. Rondonópolis é a cidade que mais tem obras paradas em Mato Grosso, segundo dados oficiais do Tribunal de Contas. O dinheiro do trabalhador está mal administrado”.
Firme, ele garantiu que fará justiça ao que foi confiado a ele pelo povo de Rondonópolis, que “demitiu” nas urnas no último dia 6 de outubro o grupo do atual prefeito.
“Agora, vou fazer o que me foi confiado. Vou demitir os demais que ajudaram fazer a Saúde de Rondonópolis uma vergonha. Vou fazer isso em nome dos que sofrem nas intermináveis filas de cirurgia, dos que morreram e sofrem nos leitos debaixo das goteiras das taperas e prédios emprestáveis transformados em ‘hospitais’”, disparou Cláudio Ferreira, que será o primeiro prefeito eleito de Rondonópolis nascido no município.