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‘Ou baixava a taxa de juros ou o dinheiro’, diz assessor especial do Mapa sobre o Plano Safra

Segundo Carlos Augustin, a solução para a armazenagem estaria no BNDES e não no PCA, com linha dolarizada

Por Redação

18 de julho de 2024, 16:49

Anunciado com atraso de aproximadamente uma semana, o Plano Safra 2024/25 não veio como o esperado pelo setor produtivo. Uma das principais reclamações é quanto à taxa de juros, que não apresentou redução.

O assessor especial do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Ernesto Augustin, reconhece que os juros não caíram “como a gente gostaria”, mas que “não dá para fazer milagre”.

Entrevistado desta semana do programa Direto ao Ponto, do Canal Rural Mato Grosso, Augustin frisa que durante o planejamento do Plano Safra 2024/25 o Tesouro Nacional teria dito “o que você tem para gastar é isso aqui, com essa taxa de juros”. Segundo ele, o Ministério informou o desejo em baixar a taxa de juros. Entretanto, a resposta do Tesouro Nacional teria sido a de que “podia, mas que o dinheiro diminuiria”.

“Então, dentro dessa equação diminuir o dinheiro para diminuir a taxa de juros, nós optamos por baixar muito pouco a quase nada, 1% em algumas, do que diminuir o dinheiro. Era isso! Não tinha muito o que escolher”.

Recursos do PCA ainda aquém

Apesar do incremento de aproximadamente 17%, o volume destinado ao Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) no Plano Safra 2024/25 mais uma vez foi considerado “insuficiente” para acompanhar o ritmo do crescimento da produção de grãos no país.

Conforme o vice-presidente regional da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Paulo Bertolini, em entrevista ao Direto ao Ponto da semana passada, hoje, para isso seriam necessários R$ 15 bilhões ao ano de investimento em armazenagem.

Custeio em dólar

De acordo com Augustin, os produtores a partir deste ano também poderão captar recursos para o custeio em dólar. A expectativa é que a taxa de juros fique entre 8,5% e 9%.

“Aí vai dizer que é caro. Caro é você pagar o defensivo no ano que vem para a revenda, que está te cobrando, sem você saber, a Selic mais 4%. Se o agricultor tiver a oportunidade de tomar em dólar o dinheiro e pegar e comprar à vista da revenda, eu tenho certeza que ele vai fazer um negócio melhor. Nós temos que nos desvincular da dependência que temos do Tesouro”.

 

Fonte: Canal Rural 

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